domingo, 27 de setembro de 2009

ECONOMIA NO SEGUNDO IMPÉRIO – INDUSTRIALIZAÇAO E URBANIZAÇAO


  • Introdução:
    · Fatores do atraso da industrialização brasileira: tratados de 180 com a Inglaterra ( que dava privilégios alfandegários aos produtos ingleses, tornando-os dominadores do mercado consumidor interno), governo pautado nos interesses da elites agroexportadoras ( não tomava medidas necessárias à industrialização nacional).

    · Fatores que favoreceram a industrialização – SURTO INDUSTRIAL: tarifa Alves Branco (1844, lei que aumentava os impostos alfandegários, seu objetivo era aumentar a arrecadação, mas logo se tornou protecionista), capitais oriundos do fim do trafico internacional de escravos (Lei Eusébio de Queiroz de 1850) e da cafeicultura.

    · Pioneirismo de Visconde de Mauá: grande empreendedor industrial brasileiro. Possuiu: estaleiros, companhias de rebocadores e de navegação, banco, estradas de ferro. Seu sucesso incomodou as empresas estrangeiras(acredita-se que tenha sido sabotado e perseguido). Não suportou a “concorrência” (principalmente por conta da Tarifa Silva Ferraz de 1860 que diminuiu as tarifas alfandegárias) da e faliu.

    · Boa parte dos lucros dos industriais brasileiros acabava investido em café.

    · E vale ressaltar que nesse período a indústria não representava nem a sombra da economia agrária no país.


  • O crescimento das cidades
    · Industrialização → atração populacional → crescimento urbano.
    · Surgem trabalhadores especializados → cada vez mais o trabalho escravo é menos tolerável.
    · As cidades vão se modernizando (para as elites): bondes, iluminação á gás, hotéis, tetros, jardins públicos, jornais.

ECONOMIA (AGRÁRIA) NO SEGUNDO REINADO

  • Introdução · No comércio continuava dominado pelos produtos ingleses (que tinham privilégios alfandegários no Brasil desde 1810 e foram confirmados em 1827). · A base da nossa economia permanecia agrária e baseada no tripé: monocultura, latifúndio e trabalho escravo.
  • Expansão do café · Origens: originário da Abissínia (Etiópia) e chegou a Europa através dos árabes (cruzadas, trocas comerciais). Na América, chegou primeiro ás Antilhas, espalhou-se pelo Caribe e atingiu a América do Sul. · Ao Brasil chegou através do Pare vindo da Guiana Francesa. Há discórdias se quem introduziu o produto no Brasil foi Francisco Melo Paleta ou Francisco Xavier. · Importante: a introdução da cafeicultura não substituiu a atividade açucareira. Pois ele só se tornou fundamental ao país quando caiu no gosto europeu e norte-americano. Somente a parti de 1831-40 superou as exportações do açúcar. · O café se desenvolveu principalmente no Vale do Paraíba – até 1870, baseado no tripé: monocultura, latifúndio e trabalho escravo (brecha camponesa: esse termo se refere ao costume que alguns senhores de engenho tinham em liberar alguns lotes de sua propriedade para que os escravos pudessem realizar a produção de gêneros agrícolas voltados para o próprio consumo e a venda no mercado interno. Tal medida seria benéfica aos escravos ao abrir oportunidade para a compra de outros produtos e a relativa melhora de sua condição de vida.) – e se consolidou no Oeste Paulista – dotados de uma mentalidade mais empresarial introduziram o trabalho “livre” imigrante, melhoraram as técnicas do cultivo e beneficiamento do café; diversificaram seus investimentos de capitais.
  • A implantação da lavoura cafeeira em comparação com a atividade açucareira · Diferenças: Necessitava de menos gastos para a sua implantação (esses gastos foram reduzidos ainda mais com a diminuição do trabalho escravo). Os capitais vieram do próprio mercado interno (lembrem-se os engenhos açucareiros foram financiados pelos holandeses): do comércio, da mineração em decadência, dos capitais liberados pelo fim do trafico internacional de escravos. O cafeicultor integrava todas a etapas do processo (produção, beneficiamento e comercialização) · Semelhanças: monocultura e produção para o mercado externo.
  • Transição do trabalho escravo para o assalariado · Deu-se devido as pressões internas (abolicionistas) e inglesas (Bill Aberdeen: autorizava a marinha inglesa prender ou afundar ‘tumbeiros” e julgar sua tripulação) em busca de expandir seu mercado consumidor (e segurar a mão-de-obra africana na África) o que culminou no Brasil com a Lei Eusébio de Queiroz (fim do tráfico internacional de escravos). · Isso gerou: diminuição da oferta de escravos (restou o tráfico interprovincial), aumento do preço do escravo e o tráfico internacional de escravos se tornou uma atividade arriscada. SAÍDA: IMIGRAÇÃO.
  • A emigração para o Brasil · “esclarecendo as coisas” na realidade se inicia com os portugueses (“colonizadores”), franceses (“invasores”) e africanos (escravos). · Inicio da imigração oficial: 1818 com 100 famílias suíças e 1824 com imigrantes alemães. · Sistema de parcerias: crida pelo senador Nicolau Vergueiro. Os custos da instalação dos colonos ficavam pó conta do proprietário da fazenda. Esse sistema mostrou-se tirano com o colono que nunca conseguia zerar suas dividas com a fazenda. Ademais gerou conflitos diplomáticos (A Prússia proibiu a emigração para o Brasil). · Sistema subvencionado: o governo arcava com as despesas do imigrante durante o seu primeiro ano no Brasil. E os colonos recebiam um salário fixo e variável conforme a produção. · Atenção esses processo visavam o branqueamento da população.

REVOLUÇÃO CUBANA


  • Antecedentes da Revolução Cubana:
    · Até 1898 era colônia espanhola → se tornou independente com a “ajuda” dos EUA → virou um protetorado dos EUA devido a Emenda Platt (que assegurava o direito de intervenção militar na Ilha de Cuba) → Cuba virou o “Cabaré das Antilhas (ou Americano)”.
    · Cuba era um país agrário, monocultor, com latifúndios sobre o controle de empresas americanas e de pequenas parcelas de elites locais.
    · O Último governo antes da revolução foi a Ditadura de Fulgêncio Batista.


  • Início da Revolução · 1953: fundação do Movimento Nacional Revolucionário (por Fidel Castro) → Tentativa de tomar o Quartel de Moncada → os lideres foram presos pela Ditadura de Fulgêncio Batista.
    Após voltarem do exílio em 1956 os líderes revolucionários (agora com a parceria do medico argentino Ernesto “Che” Guevara) se refugiam na Serra Leo → 01-01-1959, os “barbudos” ocupam Havana e Fulgêncio Batista foge de Cuba → .


  • Ações do governo revolucionário
    · Reatou com a URSS, confiscou latifúndios improdutivos, investiu em educação e saúde, nacionalizou empresas estrangeiras.
    · Criticas ao regime: falta de eleições livres no país.


  • Reação dos EUA
    · Ataque a “Bahia dos Porcos”, expulsão de Cuba da OEA, bloqueio aeronaval, Aliança para o Progresso; financiamento de Ditaduras na América Latina
DADO IMPORTANTE: 1962 - "QUESTAO DOS MISSEIS"

Chile e a Ditadura


·Passados os conflitos da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), o Chile viveu um período de expressivo desenvolvimento econômico baseado na exportação de minérios e o desenvolvimento do parque industrial. → diversas empresas estrangeiras aproveitaram do bom momento do país para lucrar com a exploração de suas riquezas. ( Estados Unidos).

· Até 1970 com Eduardo Frei o país era dominado por forças conservadoras do Partido democrático Cristão → vitoria da UP (Unidade Popular; que uniu os partidos de esquerda em torno do projeto socialista: “sociedade socialista construída de acordo com o modelo democrático pluralista e libertário) com Salvador Allende.

· Medidas de Allende: nacionalização de empresas de mineração e telecomunicações (especialmente dos EUA) → reação dos EUA: financiamento da instabilidade política do govrno e depois do Golpe Militar (some a tudo isso como causa o traumas dos EUA com a Revolução Cubana). → 1973 bombardeio ao Palácio de La Moneda (do Governo) pelas tropas de Pinochet





 
· Governo de Pinochet ficou marcado como um dos mais violentos regimes ditatoriais latino-americanos. Dados indicam que cerda de 60 mil pessoas foram mortas ou desapareceram, e 200 mil abandonaram o país durante o período em que Pinochet esteve no poder → Apenas no final da década de 1980, as pressões políticas internacionais e internas passaram a desestabilizar a ditadura chilena → Em 1988, um plebiscito previsto na Constituição negou a renovação do mandato de Pinochet que continuou com chefe das forças armadas (mas ele foi protegido no Chile pela imunidade parlamentar de Senador Vitalício).

México Contemporâneo

  • A Revolução Mexicana de 1910 ·Da independência em 1821 até à Revolução em 1910 a história do México foi marcada por instabilidade política e por ditaduras militares aliadas ao capital estrangeiro. ·Ditadura de Porfírio Diaz (1876 a 1911): aliado das elites. Opositores: maçons, caudilhos dissidentes e frágeis grupos de esquerda. ·Movimento de oposição a Ditadura de Porfírio Diaz – lutavam pela liberdade com a liderança de Francisco Madero→ o movimento virou uma revolução social → Porfírio Diaz renuncia · → Francisco Madero assume, mas não soluciona os problemas sociais → o governo de Francisco Madero sofre oposição de grupos revolucionários liderado por Emiliano Zapata e Pancho Vila que lutavam por reforma agrária e democracia → Francisco Madero é assassinado a mando do militar Victoriano Huerta que instaura uma ditadura ·→ as ações de Emiliano Zapata e Pancho Vila continuam mesmo após a renúncia de Huerta → Venustiano Carranza assume com apoio dos EUA → continuam as ações de Emiliano Zapata e Pancho Vila até o dia em que esses líderes são assassinados →o movimento revolucionário se enfraquece e o liberalismo apoiado pelos EUA se fortaleceu → Carranza foi deposto e fuzilado ·Crise de 1929 e mais revoltas → governo nacionalista de Lazaro Cárdenas (protecionismo, reforma agrária, nacionalização de empresas, legislação trabalhista. Agradou a burguesia nacional e proletariado urbano) → seus sucessores não deram continuidade á sua politica. ·Surge o Partido Revolucionário Institucional (PRI) é um dos principais partidos políticos do México que teve o poder hegemônico sobre este país entre 1929 até 2000(DITADURA PERFEITA -14 presidentes). Todos os presidentes do México foram deste partido, até que foi derrotado nas eleições do ano de 2000 pelo candidato do Partido da Ação Nacional do México, Vicente Fox Quesada.

Nicarágua e os EUA

  • AMÉRICA CENTRAL Após a independência · Junto com o México, formaram as Províncias Unidas da América Central→ mas logos se fragmentaram devido aos conflitos de interesses (inclusive norte-americanos e ingleses)
  • Intervenções dos EUA · Início do século XX; Big Stick (com o presidente Theodore Roosevelt). Ações: 1903, invasão à Zona do Canal do Panamá; 1912-25 e 1926-33, invasão à Nicarágua.
  • Nicarágua e os EUA · Domínio dos EUA era representado pela presença militar e pelo Tratado Bryan-Chamorro. · Reação contra a presença norte-americana no país: Exercito Defensor da Soberania (liderado pelo camponês Augusto Cesar Sandino, que lutava na tática de guerrilha). · 1933 (“Política da Boa Vizinhança” com Delano Rossevelt, pós-Crise de 1929) saída do EUA → que são substituídos pela Guarda Nacional (braço armado das elites) → 1934 Sandino é assassinado por Somoza (chefe da Guarda Nacional).
  • Samozismo (1937-79) · Samoza chega ao poder eleito e dá um golpe para se perpetuar (pois só saiu morto; ficou até 1956) no poder → tornou a ditadura hereditária (seus filhos até 1979). · A ditadura da família Samoza confundiu patrimônio público, com seu próprio patrimônio. · Oposição ao Samozismo: Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN): formado originalmente por universitários que lutavam contra o imperialismo norte-americanos, as oligárquias e as bases samozistas. · Crise do samozismo: eleição do Republicano Jimmy Carter (1977-81), apoio internacional a FSLN. · Herança do samozismo: caos econômico e social.
  • Governos Sandinista de Daniel Ortega. · Tenta promover reformas sociais → sofre oposição dos EUA (que apóia os “Contras” e promove sabotagens contra o governos) → crise social → eleição da representante das oligarquias locais Violeta Chamorro →restabeleceu a dominação americana.

ARGENTINA COMTEMPORÂNEA

  • Introdução - século XIX · Recebeu muitos imigrantes · Sua economia era baseada na pecuária, trigo e algodão. Recebeu investimentos estrangeiros (ingleses): instalação de indústrias ( bens de consumo) e frigoríficos.
  • Política antes da Ditadura Militar · Os partidos de oposição as oligarquias eram: UCR (União Cívica Radical) e OS (Partido Socialista). · Eleição de Hipólito Irigoyen (da UCR e era nacionalista) → deposto por GOLPE DE ESTADO → Seguem governos conservadores ) → deposto por GOLPE DE ESTADO → entra o populista, nacionalista e autoritário Juan Perón 1946-55 (com sua carismática esposa Evita Perón) → deposto por GOLPE DE ESTADO (devido a insatisfação da Igreja, militares e a diminuição das exportações) → Governos Militares (ainda não ao as Ditaduras Militares) perseguem sem sucesso o peronismo e empregam um governo entreguista → 1973 Perón (já idoso) e eleito democraticamente presidente → Perón morre em 1974, sua esposa (e vice) Isabelita assume a presidência → deposto por GOLPE MILITAR em 1974.
  • Ditadura Militar · Repressão, censura, entreguismo e violência como todas as Ditaduras na América Latina. · Disputas militares (para desviar a atenção da população dos problemas sociais que a Ditadura não conseguia resolver): Chile (pelo Canal de Beagle) e Inglaterra (Guerra das Malvinas, 1982. Sua derrota ajudou a por fim na Ditadura). · Fim da Ditadura – 1983: ficaram os problemas sociais e econômicos (inflação, moeda fraca, desemprego, concentração de renda.causas do Fim: derrota na Guerra das Malvinas e Campanha das “Diretas Já”.
  • Redemocratização · Assume Raul Alfonsín da UCR que tenta sem sucesso acabar com a crise econômica. · Carlos Menen – 1989 (o retorno do peronismo): promoveu a dolarização da economia e enfrentou o aprofundamento da crise econômica (devido a desvalorização do Real frente ao Dólar).

domingo, 13 de setembro de 2009

Revolução Chinesa e Guerra da Coréia

Revolução Chinesa

  • Após a Guerra do Ópio a China foi submetida ao imperialismo europeu (principalmente inglês) a exemplo a extraterritorialidade (cidadãos estrangeiros não submetidos às leis chinesas), “negocio da China” (condições comerciais vantajosas aos países europeus)

  • Em 1905 Sun Yat-Sem Funda o Partido Nacionalista (também conhecido como Kuomintang) que fará a Proclamação da República e substituirá o imperador Pu-Yi (da Dinastia Manchu) que renuncia em 1912.

  • Mesmo assim os conflitos internos continuaram: disputas entre as províncias do Norte e do Sul à morre Sun Yat-Sem e assume o General Chiang Kai-Shek à unifica o comando do pais derrotando as forças do Norte e passa a perseguir os Comunistas (o PCC liderados por Mao Tsé-Tung)

  • Guerra civil: Kuomintang ou Partido Nacionalista X Comunistas ou Exercito de Libertação Popular (que fizeram a longa Marcha em 1934)

  • Trégua: Guerra Sino-Japonesa (para expulsar os japoneses que invadiram o país durante a Segunda Guerra) à 1949 vitoria dos comunistas (Chiang Kai-Shek foge para a Ilha de Formosa ou Taiwan e forma a República da China)

  • Surge a República Popular da China sob o comando de Mao Tsé-Tung.

  • Os comunistas no poder: reorganização da china nos moldes soviéticos, 1953 rompe com a URSS após a morte de Stalin (maior autonomia em relação a Moscou), campanha das Cem Flores (tentativa de incentivar criticas da população contra o regime, ESSAS CRÍTICAS NÃO FORAM BEM ACEITAS), 1958 Grande Salto para Frente (tentativa de rápido processo de industrialização da China), 1966 Grande Revolução Cultural (impor a hegemonia do PCC e de Mao), 1989 Massacre da Praça da Paz Celestial. Atualmente a China chama seu regime de economia socialista de mercado.


    Guerra da Coréia

  • Anexada pelo Japão desde de 1910, a Coréia foi libertada por tropas norte-americanas e soviéticas durante a Segunda Guerra

  • norte-americanas e soviéticos dividiram o território entre si (tendo como marca o paralelo 38º)

  • Surge a República da Coréia do Sul (domínio americano) e República Popular da Coréia do Norte (domínio soviético)

  • Coréia do Sul é invadida por tropas da Coréia do Norte que visavam a reunificação, iniciando a Guerra da Coréia que durou ate 1953

  • entraram na Guerra os EUA e a URSS. à Guerra chegou ao fim sem nenhuma vantagem significativa para ambos os lados.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

SEGUNDO REINADO – POLÍTICA INTERNA

  • Fases do Império 1º. “Pax Imperial” (ou Pax romana): paz que favorece as elites. Características: implantação do parlamentarismo, do protecionismo alfandegário (tarifa Alves Branco) e tem seu fim a repressão ao trafico negreiro para o Brasil (Lei Eusébio de Queiroz, de 1850). 2º. De 1851 a 1963: crescimento da economia cafeeira ( e de outras atividades econômicas: transportes, comunicações, indústria, etc), Gabinete da Conciliação (entre liberais e conservadores), política externa intervencionista nos países platinos (Uruguai e Argentina) para mantermos nossa hegemonia na região. 3º. De 1864 a 1870: predomínio da política externa sob a interna (guerra contra Uruguai e Paraguai). 4º. 1871 a 1889: crise do Segundo reinado (questões: republicanas, religiosa, militar e abolicionista).
  • Parlamentarismo às avessas: · Início em 1843 com a convocação do gabinete pelo Marques do Paraná e consolidou-se em 1847 com a criação do cargo de Presidente do Conselho (1° Ministro ou Chefe de Gabinete). · Como funcionava: o gabinete nomeado pelo 1° Ministro se encarregava de convocar as eleições para a Câmara dos Deputados (com fraudes, conhecidas com “Eleições do Cacete). Esse modelo ao contrário do Inglês se encerrava com as eleições (daí o nome às avessas)
  • Revoltas do Segundo Reinado · Levantes Liberais (1842): em contrapartida ao Golpe da Maioridade os liberais fizeram parte do primeiro ministério do Segundo Reinado e, em decorrência disso, conseguiram a maioria na Câmara dos Deputados (obviamente de forma fraudulenta) → Os conservadores reagiram a exigiram a dissolução do Ministério Liberal → D. Pedro II dissolveu o Ministério Liberal → Gerando revoltas dos liberais em São Paulo e Minas Gerais. · Revolução Praieira 1848 (o nome se origina do jornal dos liberais que Diário Novo que ficava na Rua da Praia): causas: crise econômica (queda do preço do açúcar e algodão), controle do comercio por estrangeiros e deposição do governador liberal de Pernambuco (Pinto Chamorro Gama). Propostas (manifesto ao Mundo): voto livre e universal para todos os brasileiros, com a conseqüência extinção do voto censitário; - liberdade de imprensa; extinção do Poder Moderador; Garantia de trabalho para todos os cidadãos brasileiros; Nacionalização do comércio varejista; Extinção do Senado Vitalício. · Rebelião dos Quebra-Quilos (1874): obrigatoriedade do alistamento militar, aumento dos impostos e imposição autoritária do Sistema métrico decimal de pesos e medidas (que foi a gota d’água). Difundiu-se pelas províncias de Pernambuco, Alagoas e Rio Grande do Norte. · Revolta do Vintém (1880): a população pobre do Rio de Janeiro se rebela contra o aumento das passagens dos bondes, ainda puxados por burros e trens. A chamada Revolta do Vintém explode dia 1º de janeiro. A polícia tenta contê-la e os manifestantes respondem quebrando bondes, arrancando trilhos e virando os veículos. A revolta só pára com a intervenção do Exército, que abre fogo contra a multidão e mata várias pessoas.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA INGLESA


  • Situação da Inglaterra:
    · Conflito políticos e religiosos + crescimento urbano + expulsão do homem do campo (pelos Cercamentos) = necessidade de busca por terras.
    · A Inglaterra na o tinha recursos para o processo de colonização → o que coube a particulares.
    · Nem tinha condições de impor a sua autoridade às colônias (o que foi bastante diferente das colonizações ibéricas).


As treze colônias
· Eram núcleos separados, marcados por forte autonomia (o que reflete na república Norte-Americana)
· Eram divididas (didaticamente) em Norte, Centro e Sul





  • As colônias do Norte ou Nova Inglaterra.
    · Eram as colônias de: Massachusetts, Conecticut, Rhode Island e New Hampshire.
    · Por se localizarem em região de clima frio (semelhante ao europeu) não ofereceu atrativos (produtos tropicais) ao mercantilismo da época → Negligência Salutar.
    · Colônia de povoamento: minifúndio, produção para abastecer o mercado interno (criação de bovinos e ovinos, pesca, serrarias, manufaturas, etc.), policultura e mão-de-obra livre (ou familiar).
    · Sociedade: dinâmica, Predominantemente de puritanos, grande comerciantes.
    · “Caca ás bruxas”: intolerância e perseguições religiosa. Ex.: Cidade de Salém em 1692.
    · Comercio triangular: 1. Comprava melaço das Antilhas; 2. transformava-o em rum e o vendia para a África em troca de escravos; 3. Os escravos eram levados para as Antilhas ou colônias do Sul.


  • As colônias do Sul ou Colônias Meridionais
    · Eram as colônias de: Virginia, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Maryland e Geórgia.
    · Por se localizarem em região de clima mais quente (semelhante as demais colônias da América Latina) se adequou aos moldes mercantilistas → Plantation (ou colônias de exploração).
    · Colônias de exploração: latifúndios, produção para abastecer o mercado externo (tabaco, algodão, etc.), monocultura e mão-de-obra escrava africana (as vezes servidão por contrato).
    · Sociedade: marcada pela desigualdade social e étnica, e pelo preconceito racial. Os produtores se tornaram uma aristocracia poderosa e rica.


  • As colônias do Centro
    · Eram as colônias de: Noova Yorke, Nova Jersey, Pensilvânia e Delawere.
    · Marcados pela diversidade cultural devido à vinda de imigrantes de varias origens (holandês, franceses, alemães e suecos) → o que logo no início as conferiu um ar cosmopolita.
    · Souberam mesclar o dinamismo da Nova Inglaterra com a tolerância religiosa das Colônias Meridionais.


  • O autogoverno.
    · Alto grau de liberdade (Negligência Salutar) a exceção das Antilhas (área monocultora açucareira) → as problemas eram debatidos e resolvidos pela população → experiência de autogoverno → o que contribuí para sentimento de liberdade (Independência) em relação a Metrópole.
    · Cada colônia tinha um governador (que geralmente era escolhido pelas colônias, principalmente no Norte e Centro).

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

AS DEZ PIORES EPIDEMIAS DA HISTÓRIA

  • Introdução Poucas palavras sintetizam tanto o horror, a miséria e a maldição quanto a palavra "peste". Afinal de contas, as doenças infecciosas causaram muitos danos durante séculos. Elas dizimaram populações inteiras, exterminaram raças, causaram mais mortes que as guerras e desempenharam um papel importante no decorrer da história. Os homens primitivos encontravam os micróbios que causavam as doenças no ambiente em que viviam, na água que bebiam, no alimento que consumiam. Eventualmente, um surto podia dizimar um pequeno grupo, mas eles nunca se depararam com nada semelhante às doenças dos períodos históricos seguintes. Só depois que o homem começou a formar grupos populacionais maiores é que as doenças contagiosas começaram a se disseminar em proporções epidêmicas. Uma epidemia ocorre quando uma doença afeta, de forma desproporcional, uma grande quantidade de pessoas dentro de uma determinada população, como uma cidade ou uma região geográfica. Se ela atinge números ainda maiores e uma área mais ampla, esses surtos se transformam em pandemias. Os seres humanos também ficaram mais expostos a novas doenças fatais domesticando animais, que já possuem seus próprios micróbios. Ficando em contato direto com animais antigamente selvagens, os primeiros criadores deram a esses micróbios a chance de se adaptarem a hospedeiros humanos. Conforme o homem foi ampliando seu território, ficou mais em contato com os micróbios que, de outra forma, poderia nunca ter encontrado. Com o armazenamento de comida, o homem atraiu criaturas que se alimentam de lixo, como ratos e camundongos, que carregavam mais micróbios. A expansão humana também resultou na construção de mais poços e canais que, com suas águas paradas, eram lugares ideais para os mosquitos portadores de doenças. Como a tecnologia permitiu viagens e comércios mais distantes, novos microorganismos conseguiram se espalhar com mais facilidade de uma região altamente populosa para outra. Ironicamente, muitos dos pilares da sociedade humana moderna abriram caminho para uma de suas maiores ameaças. E com o nosso desenvolvimento, os micróbios também evoluem.
  • Varíola Antes que os exploradores, conquistadores e colonizadores europeus começassem a encher o Novo Mundo no início de 1500, as Américas eram a casa de aproximadamente 100 milhões de nativos. Durante os séculos que se seguiram, as doenças epidêmicas reduziram esse número para algo entre 5 e 10 milhões. Embora esses povos, como os incas e os astecas (em inglês), tenham construído cidades, elas não moravam nelas tempo suficiente para propagarem o tipo de doenças que os europeus possuíam, nem tinham domesticado tantos animais. Quando os europeus chegaram às Américas, levaram consigo uma grande quantidade de doenças, para as quais os nativos não tinham defesa nem imunidade. O que garantiu sua vitória não foi nenhuma arma de fogo moderna, mas a varíola que os conquistadores levaram acidentalmente para o continente. A principal dessas doenças foi a varíola, causada pelo vírus da varíola. Esse vírus começou a afetar os humanos há milhares de anos, sendo que a forma mais comum da doença foi responsável por uma taxa de mortalidade de 30% [fonte: CDC]. A varíola provoca febre alta, dores no corpo e erupções que logo passam de protuberâncias e crostas cheias de líquido para cicatrizes permanentes. A doença é transmitida principalmente pelo contato direto com a pele ou com os líquidos do corpo de uma pessoa infectada, mas também pode se espalhar pelo ar em ambientes fechados. Guerra biológica O poder da varíola em exterminar populações nativas foi um efeito inesperado da presença das forças européias na América do século 16. Entretanto, as epidemias posteriores nem sempre foram tão acidentais. Durante a guerra franco-indígena de 1763, o comandante britânico Sir Jeffrey Amherst foi responsável pela contaminação das tribos Ottawa. As tropas deram aos índios cobertores infectados. Hoje, com a varíola erradicada no mundo todo, surgiu o medo de que o vírus pudesse ser usado em um ataque terrorista contra uma população não vacinada. Apesar da criação de uma vacina, em 1796, a epidemia da varíola continuou se espalhando. Em 1967, o vírus matou dois milhões de pessoas e assustou outras milhares em todo o mundo [fonte: Choo]. Nesse mesmo ano, a Organização Mundial da Saúde liderou uma campanha para erradicar o vírus por meio de vacinações em massa. Como resultado, 1977 marcou o último caso de varíola que ocorreu naturalmente. Efetivamente eliminada do mundo natural, a doença existe apenas em laboratório.
  • Gripe de 1918 Em 1918, o mundo assistia ao fim da Primeira Guerra Mundial. No fim daquele ano, o número estimado de mortos chegaria a 37 milhões no mundo inteiro e milhões de soldados tentavam voltar para casa. Então, surgiu uma nova doença. Alguns a chamaram de gripe espanhola, outros de a grande gripe ou ainda de gripe de 1918. Independe disso, a doença matou aproximadamente 20 milhões de pessoas em questão de meses [fonte: Yount]. Em um ano, a gripe desapareceria, mas apenas depois de causar um número espantoso de mortes. As estimativas globais variam entre 50 e 100 milhões de fatalidades naquele ano [fonte: NPR]. Muitos a consideram a pior epidemia (depois pandemia) registrada na história da humanidade. Enfermeiras cuidam de vítimas da epidemia de gripe espanhola de 1918 dentro de barracas de lona, em Massachusetts A gripe de 1918 não foi causada pelo vírus típico da gripe que vemos anualmente. Era uma nova cepa de micróbio da gripe, o vírus A da gripe aviária H1N1. Os cientistas suspeitam que a doença tenha sido transmitida dos pássaros para os humanos no meio-oeste americano pouco antes do surto. Foi batizada, posteriormente, de gripe espanhola depois que uma epidemia na Espanha matou 8 milhões de pessoas [fonte: NPR]. No mundo inteiro, o sistema imunológico das pessoas estava totalmente despreparado para o novo vírus - assim como os astecas não esperavam a chegada da varíola, por volta de 1500. O transporte de tropas e as linhas de abastecimento no fim da Primeira Guerra Mundial permitiram que o vírus chegasse rapidamente a proporções pandêmicas, espalhando-se para outros continentes e países. Ressurreição de um assassinoEm 2005, os pesquisadores recriaram o vírus A da gripe aviária H1N1 a partir de material genético encontrado nos pulmões das vítimas da gripe de 1918. Os cientistas esperam que, com o estudo do vírus fatal, eles possam se preparar melhor para futuros surtos dos novos vírus da gripe. A gripe de 1918 apresentava os sintomas típicos de uma gripe normal, como febre, náusea, dores e diarréia. Além disso, os pacientes freqüentemente desenvolviam manchas escuras nas bochechas. Quando seus pulmões se enchiam de líquido, eles corriam o risco de morte por falta de oxigênio. Aqueles que morreram se afogaram com a própria secreção. A epidemia desapareceu em um ano, quando o vírus mudou para outras formas menos fatais. A maioria das pessoas, hoje, apresenta algum grau de imunidade a essa família de vírus H1N1, herdada daqueles que sobreviveram à pandemia.
  • Peste negra Carroças cheias de cadáveres, famílias agonizantes isoladas, reis e camponeses implorando libertação - quando se trata de doenças epidêmicas, poucas têm imagens tão terríveis quanto a peste negra. Considerada a primeira doença verdadeiramente pandêmica, a peste negra matou metade da população da Europa, em 1348, e dizimou partes da China e da Índia. Essa "grande agonia" seguiu os caminhos do tráfico e da guerra, exterminando cidades e mudando para sempre a estrutura das classes, as políticas globais, o comércio e a sociedade. Por muito tempo, a peste negra foi considerada uma epidemia de peste, viajando em sua forma bubônica nas pulgas de rato, e pelo ar, na forma pneumônica. Estudos recentes colocaram isso em dúvida. Alguns cientistas afirmam que a peste negra pode ter sido um vírus hemorrágico semelhante ao ebola. Essa forma de doença resulta em forte hemorragia. Os cientistas continuam estudando material genético de supostas vítimas da peste na esperança de descobrir provas genéticas que confirmem suas teorias. Causada pela bactéria Yersinia pestis, a doença ainda pode representar um problema em áreas pobres e infestadas por ratos. A medicina moderna permite o tratamento fácil da doença em seus estágios iniciais, tornando-a uma ameaça bem menos fatal. Os sintomas são glândulas linfáticas inchadas, febre, tosse, muco com sangue e dificuldade para respirar. Herança permanente A peste negra teve um grande efeito na arte e na literatura do período em que ocorreu. Poetas, pintores e escultores da época ficaram preocupados com a morte e com a vida futura. Séculos depois, quando a humanidade enfrentou epidemias modernas (como a AIDS, por exemplo) e refletiu sobre as pestes anteriores, as visões da crise pandêmica também podem ser vistas nos meios de comunicação.
  • Malária A malária não é novidade para o mundo das doenças epidêmicas. Há registros de seu impacto nas populações humanas de mais de 4 mil anos atrás, quando os escritores gregos observaram seus efeitos destruidores. A descrição da doença transmitida por mosquito surgiu nos textos médicos antigos da Índia e da China. Até então, os cientistas associavam a doença às águas paradas onde os mosquitos proliferavam. A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium comuns a duas espécies: mosquitos e seres humanos. Quando os mosquitos infectados se alimentam do sangue humano, eles transmitem esses protozoários. Uma vez no sangue, eles crescem dentro dos glóbulos vermelhos, destruindo-os. Os sintomas variam de moderados a fatais, mas, normalmente, incluem febre, calafrios, sudorese, cefaléia e dores musculares. Há uma grande dificuldade de se obter números específicos relacionados às antigas epidemias de malária. É possível ver melhor os efeitos anteriores da doença se analisarmos os grandes empreendimentos nas regiões infestadas pela malária. Em 1906, os Estados Unidos empregaram mais de 26 mil trabalhadores para a construção do Canal do Panamá. Os organizadores hospitalizaram mais de 21 mil deles por conta da doença [fonte: CDC]. Apenas na Guerra Civil Americana, 1.316.000 homens supostamente tiveram a doença e 10 mil morreram. Durante a Primeira Guerra Mundial, a malária imobilizou as forças britânicas, francesas e alemãs durante três anos. Aproximadamente, 60 mil soldados norte-americanos morreram da doença na África e no Pacífico Sul durante a Segunda Guerra Mundial [fonte: site da malária]. No fim da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos tentaram impedir a epidemia da malária. No início, o país progrediu bastante usando o inseticida DDT (Dicloro-difenil-tricloroetano), hoje proibido, e depois, tomou medidas preventivas para manter baixas as populações do mosquito. Depois que o CDC (Centro de Controle de Doenças) declararou que a malária tinha sido erradicada nos Estados Unidos, a Organização Mundial da Saúde começou a erradicá-la no mundo inteiro. Entretanto, os resultados foram heterogêneos e os custos, a guerra, a política, assim como o surgimento de mosquitos resistentes a inseticidas e de cepas de malária resistentes aos medicamentos, finalmente, levaram ao abandono do projeto. Atualmente, a malária continua representando um problema em boa parte do mundo, especialmente na África subsaariana, área que foi excluída da campanha de erradicação da OMS. Anualmente, entre 350 e 500 milhões de casos de malária ocorrem na região [fonte: CDC]. Desses casos, mais de 1 milhão resultam em morte. Mesmo nos Estados Unidos, ocorrem mais de mil casos e várias mortes por ano, apesar das declarações anteriores de erradicação.
  • Tuberculose A tuberculose causou grande impacto na humanidade e destruiu populações. Os textos antigos detalham a maneira como as vítimas da doença eram afetadas. Houve, inclusive, evidências de DNA da doença descobertas em múmias egípcias. Provocada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, a tuberculose é transmitida de pessoa para pessoa através do ar. A bactéria geralmente chega aos pulmões, causando dores no peito, fraqueza, perda de peso, febre, sudorese noturna e crises de tosse com sangue. Em alguns casos, a bactéria também afeta o cérebro, os rins ou a coluna vertebral. No início do século 17, a epidemia de tuberculose na Europa, conhecida como a grande peste branca, matou aproximadamente uma em cada sete pessoas infectadas. A tuberculose era um problema comum na América colonial. Mesmo no fim do século 19, 10% de todas as mortes nos Estados Unidos eram atribuídas à tuberculose [fonte: Departamento de Saúde e Serviços Públicos de Nebrasca]. Em 1944, os médicos desenvolveram o antibiótico estreptomicina, usado no combate à doença. Foram feitos mais avanços nos anos seguintes e, depois de 5 mil anos de sofrimento, a humanidade finalmente tinha uma cura para o que os gregos antigos chamavam de tísica, "a doença devastadora". Apesar das curas e dos tratamentos modernos, a tuberculose continua infectando cerca de 8 milhões de pessoas anualmente, matando, conseqüentemente, cerca de 2 milhões [fonte: Departamento de Saúde e Serviços Públicos de Nebrasca]. A doença reapareceu com força na década de 90 devido à falta de programas de prevenção e tratamento, à pobreza mundial e ao surgimento de novas cepas resistentes a antibióticos. Além disso, pacientes com HIV/AIDS ficam com o sistema imunológico comprometido, tornando-se mais suscetíveis à doença. Assim como o vírus da AIDS se propagou em todo o mundo, a tuberculose também reapareceu.
  • Cólera As pessoas da Índia sempre conviveram com os perigos da cólera, mas somente após o século 19 o resto do mundo conheceu essa doença. Durante esse período, os navios mercantes exportavam acidentalmente a bactéria mortal para cidades da China, do Japão, da África do Norte, do Oriente Médio e da Europa. Seguiram-se seis pandemias de cólera que mataram milhões de pessoas. A cólera é causada por uma bactéria intestinal chamada Vibrio cholerae. As infecções geralmente são moderadas. Cerca de 5% das pessoas que contraem a doença apresentam vômito, diarréia e cãibras fortes nas pernas - sintomas que levam rapidamente à desidratação grave e à queda acentuada da pressão arterial. Pode-se contrair a bactéria através de contato físico direto com pessoa contaminada, mas a cólera se propaga principalmente pela água e pelos alimentos contaminados. Devido às condições duras e miseráveis das principais cidades da Europa durante a revolução industrial (em inglês) no início do século 19, a cólera novamente se propagou. Os médicos exigiam condições de vida melhores e mais sistemas de esgoto sanitário, achando que o "ar ruim" era o responsável pela epidemia. Essa medida ajudou bastante, mas foi somente depois que a doença foi associada à água contaminada que a quantidade de casos diminuiu consideravelmente. Durante décadas, a cólera foi esquecida - parecia ser apenas uma doença do século 17, derrotada pelas melhorias no saneamento e na medicina. No entanto, uma nova cepa da cólera surgiu em 1961, na Indonésia, tendo se espalhado para boa parte do mundo. A pandemia resultante continua até hoje. Em 1991, a cólera debilitou cerca de 300 mil pessoas e matou 4 mil [fonte: Yount]. Como a AIDS é notícia com freqüência, a doença acabou inspirando muitos filmes, peças, programas de TV e livros premiados. Conheça na próxima página essa doença incurável.
  • AIDS O surgimento da AIDS, nos anos 80, levou a uma pandemia mundial, matando cerca de 25 milhões de pessoas desde 1981. De acordo com estatísticas recentes, 33,2 milhões de pessoas são HIV-positivas e 2,1 milhões de pessoas morreram de AIDS apenas em 2007 [fonte: Avert]. A AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) é causada pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana). O vírus é transmitido pelo contato com sangue, sêmen e outros líquidos do corpo, e afeta o sistema imunológico humano. Com o sistema imunológico enfraquecido, abrem-se caminhos para infecções, chamadas de infecções oportunistas, que, de outra forma, não representariam um problema. A infecção pelo vírus HIV se transforma em AIDS quando o sistema imunológico é gravemente afetado. Os cientistas acreditam que o HIV foi transmitido aos humanos através de certas espécies de macacos e símios em meados do século 20. Durante a década de 70, a população da África cresceu e a guerra, a pobreza e o desemprego assolaram as áreas urbanas. A prostituição e o abuso de drogas injetáveis chegaram ao caos, e o HIV passou a ser transmitido através de relações sexuais sem preservativo e da reutilização de seringas e agulhas contaminadas. Mesmo nos hospitais, o reaproveitamento de seringas e agulhas, e as transfusões de sangue contribuíram para a epidemia. Ainda não há cura para a AIDS, embora certos medicamentos possam impedir que o HIV se transforme na doença. Outros medicamentos podem ajudar a combater as infecções oportunistas. Várias organizações promoveram campanhas de tratamento, conhecimento e prevenção da AIDS. Como já mencionamos, o HIV geralmente é transmitido através da relação sexual e do uso de agulhas compartilhadas. Os médicos continuam recomendando o uso de preservativos e agulhas descartáveis (para obter mais informações sobre a AIDS e o HIV, leia Como funciona a AIDS). A seguir, conheça uma doença que fez Napoleão parar - a febre amarela.
  • Febre amarela Quando os europeus começaram a importar escravos africanos para as Américas, eles também levaram uma série de novas doenças, como a febre amarela. Essa doença arrasou as colônias, dizimando fazendas e até grandes cidades. Quando o imperador da França, Napoleão Bonaparte, enviou um exército com 33 mil homens às terras francesas na América do Norte, a febre amarela matou 29 mil deles. Napoleão ficou tão chocado com a quantidade de mortos que decidiu que o território não valia o risco de mais perdas. A França vendeu essas terras aos Estados Unidos em 1803 - um acontecimento conhecido na história como a Compra da Louisiana (em inglês) [fonte: Yount]. A febre amarela, assim como a malária, é transmitida de uma pessoa a outra através da picada de mosquitos. Os sintomas são febre, calafrios, cefaléia, dor muscular, dor nas costas e vômito. A gravidade dos sintomas varia de moderada a fatal e as infecções graves podem levar a sangramento, choque e insuficiência renal e hepática. A insuficiência hepática provoca icterícia, ou seja, a coloração amarelada da pele, que dá à doença seu nome. Apesar da vacinação, dos procedimentos de tratamento aprimorados e do controle do mosquito, as epidemias da doença persistem até hoje na América do Sul e na África. Leia a próxima página para descobrir por que os soldados nas guerras não tinham somente que se esquivar das balas, mas também do tifo epidêmico. Os danos que causamos a nós mesmos A Organização Mundial da Saúde (OMS) continua lutando contra epidemias em todo o mundo - incluindo o tabagismo e a obesidade. A obesidade clínica afeta aproximadamente 300 milhões de pessoas no mundo inteiro, aumentando o risco de doença crônica grave e diminuindo a qualidade de vida [fonte: OMS]. Quanto aos cigarros, a OMS estima que, em 20 anos, o tabagismo causará mais mortes do que o HIV, a tuberculose e as mortes violentas, todos juntos [fonte: BBC].
  • Tifo epidêmico Aglomere uma certa quantidade de pessoas em péssimas condições de higiene e você provavelmente terá uma infestação de piolhos. As cidades miseráveis e as tropas acampadas, por toda a história, tiveram que suportar as ameaças dos parasitas e das bactérias devastadoras. O minúsculo micróbio Rickettsia prowazekii causa uma das doenças infecciosas mais arrasadoras que o mundo já viu: o tifo epidêmico. Essa doença assolou a humanidade durante séculos, causando milhares de mortes. Dada sua freqüência entre as tropas acampadas, geralmente era chamada de "febre do campo" ou "febre da guerra". Durante a Guerra dos Trinta Anos [1618-1648], na Europa, o tifo, a peste e a fome atingiram cerca de 10 milhões de pessoas. Algumas vezes, os surtos de tifo determinaram o resultado de guerras inteiras [fonte: Conlon]. Quando as forças espanholas ficaram cercadas na fortaleza moura de Granada, em 1489, um surto de tifo fez com que passassem de 25 mil para 8 mil soldados em um único mês [fonte: Conlon]. Devido à destruição causada pela doença, passou-se mais um século sem que os espanhóis conseguissem expulsar os mouros da Espanha. Tão recente quanto a Primeira Guerra Mundial, a doença provocou milhões de mortes na Rússia, na Polônia e na Romênia. Os sintomas do tifo epidêmico normalmente são cefaléia, falta de apetite, mal-estar e um rápido aumento da temperatura, que logo se transforma em febre, acompanhada de calafrios e náusea. Se não for tratada, a doença afeta a circulação sangüínea, resultando em pontos de gangrena, em pneumonia e em insuficiência renal. A febre muito alta pode evoluir para um quadro de delírio, coma e insuficiência cardíaca. Melhores métodos de tratamento e condições sanitárias diminuíram bastante o impacto do tifo epidêmico nos tempos modernos. O surgimento de uma vacina contra o tifo durante a Segunda Guerra Mundial e o uso difundido de DDT em populações com piolho ajudaram a eliminar efetivamente a doença no mundo desenvolvido. Os surtos ainda ocorrem em partes da América do Sul, da África e da Ásia. Leia a próxima página para saber por que o saneamento e as condições de vida mais adequadas deixaram muitas pessoas expostas a uma doença (literalmente) paralisante.
  • Poliomielite Os pesquisadores suspeitam que a poliomielite foi uma epidemia que atingiu os humanos durante milênios, paralisando e matando milhares de crianças. Por volta de 1952, estima-se que houve 58 mil casos da doença apenas dos Estados Unidos - 1/3 dos pacientes estava paralisado. Desses, mais de 3 mil morreram. A causa da poliomielite é o poliovírus, que atinge o sistema nervoso do homem. Dissemina-se por material fecal, normalmente sendo transmitido através de água e alimento contaminados. Os sintomas iniciais são febre, fadiga, cefaléia, vômito, rigidez e dor nos membros. Com isso, aproximadamente 1 em 200 casos evolui com paralisia [fonte: OMS]. Embora normalmente afete as pernas, a doença às vezes atinge os músculos respiratórios geralmente com resultados fatais. A poliomielite ocorre com mais freqüência em crianças, mas também pode atingir adultos. Tudo depende de quando a pessoa encontra o vírus pela primeira vez e desenvolve sua primeira infecção. O sistema imunológico está mais bem preparado para combater a doença em crianças, por isso, quanto mais idade a pessoa tiver na primeira infecção, maior será o risco de paralisia e de morte. A poliomielite é uma enfermidade antiga para o homem e circula pelo mundo há séculos. Com a elevada exposição ao vírus, a imunidade ficou mais alta, especialmente em crianças. No século 18, os métodos de saneamento melhoraram em muitos países. Isso limitou a disseminação da doença, diminuiu a imunidade natural e as chances de exposição ainda na infância. Conseqüentemente, uma quantidade cada vez maior de pessoas mais velhas contraiu o vírus e o número de casos de paralisia nas nações desenvolvidas disparou. Não existe uma cura efetiva para a poliomielite, mas os médicos aperfeiçoaram a vacina contra a doença no início da década de 50. Desde então, os casos nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos caíram drasticamente, e apenas algumas nações em desenvolvimento ainda apresentam a doença em níveis epidêmicos. Como os seres humanos são os únicos portadores conhecidos do vírus, a vacinação em massa praticamente garante a extinção da poliomielite. Em 1988, a Organização Mundial da Saúde organizou a Iniciativa de Erradicação Global da Poliomielite para alcançar esse objetivo.

DITADURA MILITAR – “ANOS DE CHUMBO” (1964–1985) NO Brasil – PARTE II


  • Governo Médici (1969-74)
    · Médici governou o país com grande violência, de 1969 a 1974 - período em que a repressão e a tor­tura atingiram extremos -, além de instaurar a censura aos meios de comunicação. O pretexto desse radicalismo era a intensificação da luta armada con­tra o regime.
    · AUGE DA REPRESSÃO E CENSURA: Órgãos repressores 1. Destacamento de Operações Internas e Comando Operacional da Defesa Interna (DOI-CODI), 2. Operação Bandeirante (OBAN); 3. Comando de Caça aos Comunistas (CCC). 4. Serviço nacional de INTELIGÊNCIA (SNI)
    · Programa de Governo – Execução do Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), que tinha por objetivo promover o crescimento econômico do País.
    · Milagre Brasileiro – A proposta do ministro do Planejamento, Delfim Neto, consistia em concentrar a renda, formando um “bolo econômico”, a ser posteriormente dividido. Crise do milagre econômico: 1973 com a crise mundial do petróleo. Conseqüências: arrocho salarial, desemprego, recessão, endividamento externo, inchaço da maquina publica, desnacionalização da economia e desperdício de recursos públicos.
    · Exílio político – Os direitos fundamentais do cidadão estavam suspensos. Qualquer um podia ser preso e exilado se fosse desejo do governo. Nas escolas, nas fábricas, na imprensa, nas artes, a sociedade brasileira sentia a mão de ferro da ditadura.
    · Propaganda – O governo gastava milhões com propagandas destinadas à melhoria da própria imagem junto ao povo. Um dos slogans marcantes dessa campanha: “Brasil: ame-o ou deixe-o”.
    · Resposta dos grupos esquerdistas – Os grupos de esquerda (ANL, POC, AP, Avante!, Molipo, PCB, PC do B, MR-8, VPR) decidiram-se pela luta armada, em ações isoladas, como única forma de derrotar o regime. Passaram a atuar na clandestinidade, fazendo:Assaltos a bancos para financiar as ações de resistência; Seqüestros de diplomatas; Luta armada (focos urbanos e a famosa guerrilha do Araguaia).
    · Outras criações do governo Médici:Programa de Integração Nacional (PIN), criando obras faraônicas, como a Transamazônica.Programa de Integração Social (PIS), dando participação aos trabalhadores nos lucros das empresas. Criou também o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP). MOBRAL (movimento brasileiro de alfabetização)


  • Ernesto Geisel (1974–1979)
    · Principal proposta: distensão do regime – “Abertura lenta, gradual e segura”. O que desagradou a “linha-dura”.
    · Retrocesso do regime: Pacote de Abril (1977) – Medidas destinadas a garantir a vitória da Arena nas eleições parlamentares de 1978, ao Congresso Nacional, determinaram que:1. Estava incluída a Lei Falcão (os candidatos estavam proibidos de aparecerem ao vivo na TV e Radio na campanha eleitoral). 2. Um terço dos senadores não seria mais eleito, mas indicado pelo Governo Federal. Esses senadores passariam a ser chamados de “Senadores Biônicos”. 3. aumento do mandato presidencial de 5 para 6 anos.
    · Linha Dura: Suicídio de Vladimir Herzog e Manoel Fiel Filho.
    · Crise econômica não sustenta ditadura.


  • GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985)
    · Abertura política – Prosseguimento das medidas democráticas iniciadas pelo governo Geisel: 1. Anistia geral concedida em 1979 aos condenados por crime político. 2. Reforma partidária, em 1979, que extinguiu o bipartidarismo e trouxe o retorno do pluripartidarismo. 3. Restabelecimento das eleições diretas para governador de Estado em 1980.
    · Continuação da crise econômica: desemprego, inflação, juros altos. Desgaste maior do Governo.
    · Reação popular: “campanha das diretas já”, greves e movimentos estudantis.
    · REAÇAO DA Linha Dura: Atentado Riocntro, contra a OAB.Partidos: ARENA (PDS E PFL), MDB(PMDB), PP, PT, PTB, PDT.