domingo, 27 de setembro de 2009

ECONOMIA (AGRÁRIA) NO SEGUNDO REINADO

  • Introdução · No comércio continuava dominado pelos produtos ingleses (que tinham privilégios alfandegários no Brasil desde 1810 e foram confirmados em 1827). · A base da nossa economia permanecia agrária e baseada no tripé: monocultura, latifúndio e trabalho escravo.
  • Expansão do café · Origens: originário da Abissínia (Etiópia) e chegou a Europa através dos árabes (cruzadas, trocas comerciais). Na América, chegou primeiro ás Antilhas, espalhou-se pelo Caribe e atingiu a América do Sul. · Ao Brasil chegou através do Pare vindo da Guiana Francesa. Há discórdias se quem introduziu o produto no Brasil foi Francisco Melo Paleta ou Francisco Xavier. · Importante: a introdução da cafeicultura não substituiu a atividade açucareira. Pois ele só se tornou fundamental ao país quando caiu no gosto europeu e norte-americano. Somente a parti de 1831-40 superou as exportações do açúcar. · O café se desenvolveu principalmente no Vale do Paraíba – até 1870, baseado no tripé: monocultura, latifúndio e trabalho escravo (brecha camponesa: esse termo se refere ao costume que alguns senhores de engenho tinham em liberar alguns lotes de sua propriedade para que os escravos pudessem realizar a produção de gêneros agrícolas voltados para o próprio consumo e a venda no mercado interno. Tal medida seria benéfica aos escravos ao abrir oportunidade para a compra de outros produtos e a relativa melhora de sua condição de vida.) – e se consolidou no Oeste Paulista – dotados de uma mentalidade mais empresarial introduziram o trabalho “livre” imigrante, melhoraram as técnicas do cultivo e beneficiamento do café; diversificaram seus investimentos de capitais.
  • A implantação da lavoura cafeeira em comparação com a atividade açucareira · Diferenças: Necessitava de menos gastos para a sua implantação (esses gastos foram reduzidos ainda mais com a diminuição do trabalho escravo). Os capitais vieram do próprio mercado interno (lembrem-se os engenhos açucareiros foram financiados pelos holandeses): do comércio, da mineração em decadência, dos capitais liberados pelo fim do trafico internacional de escravos. O cafeicultor integrava todas a etapas do processo (produção, beneficiamento e comercialização) · Semelhanças: monocultura e produção para o mercado externo.
  • Transição do trabalho escravo para o assalariado · Deu-se devido as pressões internas (abolicionistas) e inglesas (Bill Aberdeen: autorizava a marinha inglesa prender ou afundar ‘tumbeiros” e julgar sua tripulação) em busca de expandir seu mercado consumidor (e segurar a mão-de-obra africana na África) o que culminou no Brasil com a Lei Eusébio de Queiroz (fim do tráfico internacional de escravos). · Isso gerou: diminuição da oferta de escravos (restou o tráfico interprovincial), aumento do preço do escravo e o tráfico internacional de escravos se tornou uma atividade arriscada. SAÍDA: IMIGRAÇÃO.
  • A emigração para o Brasil · “esclarecendo as coisas” na realidade se inicia com os portugueses (“colonizadores”), franceses (“invasores”) e africanos (escravos). · Inicio da imigração oficial: 1818 com 100 famílias suíças e 1824 com imigrantes alemães. · Sistema de parcerias: crida pelo senador Nicolau Vergueiro. Os custos da instalação dos colonos ficavam pó conta do proprietário da fazenda. Esse sistema mostrou-se tirano com o colono que nunca conseguia zerar suas dividas com a fazenda. Ademais gerou conflitos diplomáticos (A Prússia proibiu a emigração para o Brasil). · Sistema subvencionado: o governo arcava com as despesas do imigrante durante o seu primeiro ano no Brasil. E os colonos recebiam um salário fixo e variável conforme a produção. · Atenção esses processo visavam o branqueamento da população.

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