terça-feira, 6 de outubro de 2009

Resumo Energia

INTRODUÇÃO
DEFINIÇÃO Toda energia provém do Sol e é armazenada na natureza. Nosso corpo sobrevive por extrair a energia dos ali­mentos. Da mesma forma, a sociedade não funciona sem fontes de energia. FORMAS DE ENERGIA Energias limpas são as que poluem menos e fazem menos mal ao clima e à saúde humana. Energias renováveis são as de fontes naturais, como o sol e os ventos, e que a natureza repõe, como a água e a lenha. Energias sustentáveis são aquelas que garantem sua reposição no decorrer do tempo. MATRIZ ENERGÉTICA É o conjunto dos recursos de energia de uma sociedade, de uma região ou do mundo, incluindo as formas como eles são usados. Ela abrange as fontes de energia primárias (petróleo, água, carvão mineral, lenha, cana-de-açúcar e seu bagaço etc.), secundárias (gasolina, querosene, óleo diesel, álcool etc.), as tecnologias de geração (mecânica, térmica, nuclear, eólica etc.) e as formas e setores de consumo: eletricidade, combustíveis para transporte, indústria, comércio e residências.
PETRÓLEO MUNDO
DESEQUILÍBRIO Mantido o ritmo eco­nômico atual, o consumo mundial de energia poderá crescer 50% até 2030, com destaque para o de Índia e China. Há o risco de um desequilíbrio entre a ofer­ta e a procura e até desabastecimento, principalmente de petróleo. FIM DA ERA DO PETRÓLEO O aumento do consumo de petróleo no planeta, causado, sobretudo pela expansão da frota de automóveis e de caminhões, está acelerando a exaustão das reservas dessa fonte de energia não renovável. Já não se encontram jazidas capazes de compensar os poços de petróleo que estão secando. Assim, as reservas rema­nescentes se concentram cada vez mais em algumas poucas regiões do mundo - principalmente no Oriente Médio-, o que agrava a disputa geopolítica pelo controle desses recursos. O receio é que a produção, a médio prazo, não consiga acompanhar o aumento da demanda, que cresce 1,7% ao ano. A Agência Internacional de Energia (AlE) calcula que, para atender às necessi­dades energéticas do planeta, a pro­dução de petróleo terá de aumentar 50% até 2030. Mais escasso, o petróleo tende a ficar mais caro. O preço quintuplicou nos últimos nove anos, atingindo 100 dólares o barril em fe­vereiro de 2008. TENSÕES GEOPOLITÍCAS O risco de escassez do petróleo acirra as ten­sões políticas no mundo. Potências como os Estados Unidos e a China, que precisam importar grande quan­tidade do combustível para manter o funcionamento de sua economia, tentam garantir o controle sobre as reservas de outros países.
BRASIL
MATRIZ BRASILEIRA Até 1940, a queima de lenha fornecia 80% da energia. Os recursos priorizados depois foram o carvão mineral e a hidroeletricidade (a partir da década de 1940), o petróleo (anos 1950), grandes hidrelétricas e energia nuclear (1960), álcool (anos 1970 e 1980) e gás natural (anos 1990). SETOR ELÉTRICO O Brasil tem o maior potencial hídrico do mundo e o usa pa­ra produzir eletricidade, uma diretriz mantida nos últimos 50 anos. Na dé­cada de 1970 houve investimento ma­ciço na construção de grandes usinas hidrelétricas, como Itaipu, que entrou em operação na década seguinte. No período mais recente, porém, o consumo cresceu mais que a produção de energia. Há planos para a construção de novas represas para a obtenção de eletricidade, principalmente na Amazônia, mas esses projetos provocam resistência de seto­res preocupados com o impacto sobre o meio ambiente e sobre os moradores das áreas a ser alagadas. JAZIDAS BRASILEIRAS Em novembro de 2007, a Petrobras anunciou a des­coberta do campo de Tupi, em águas ultraprofundas, a 180 quilômetros de Santos, no litoral paulista. A jazida tem de 5 bilhões a 8 bilhões de barris - cerca de 60% de todas as reservas brasileiras atuais -, o que, a partir de 2013, poderá transformar o Brasil em exportador de petróleo. Em janeiro de 2008, na mesma região, é encon­trado o campo de gás de Júpiter, que pode tornar o país auto-suficiente em gás natural. CAMADA PRÉ·SAL É uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros, abaixo do leito do mar, do litoral do Es­pírito Santo ao de Santa Cata ri na. O pe­tróleo encontrado nessa área está preso entre S e 7quilômetrosde profundidade no subsolo, abaixo de uma camada de sal impermeável. Vários campos e po­ços foram descobertos no pré-sal, como o de Tupi, que é o principal. Há outros, como os de Guará, Bem-Te-Vi, Carioca, lara e Júpiter, esse último com grande quantidade de gás. AUTO·SUFICIÊNCIA O Brasil atingiu em 2006 a auto-suficiência na produção de petróleo. Isso significa que o país já produz petróleo considerável para evitar o gasto de divisas com a impor­tação. A nação ainda importa petróleo do tipo necessário para uso em suas refinarias, mas exporta o excedente do que extrai para o refino em outros países. A auto-suficiência significa que essa conta está equilibrada ou supera­vitária para o Brasil. PETROLEO E BIOCOMBUSTÍVEIS o Bra­sil está posicionado para tornar-se uma potência mundial no setor energético. Quando as reservas de petróleo come­çam a entrar em decadência em várias regiões do globo, nosso país descobriu recentemente um enorme lençol de petró­leo subterrâneo, na camada pré-sal, que pode multiplicar nossas atuais reservas petrolíferas por 10. Ao mesmo tempo, é uma referência no desenvolvimento dos biocombustíveis, em alta no mercado mundial exatamente por ser uma alter­nativa menos poluente e renovável ao petróleo e seus derivados.
ALTERNATIVAS
ALTERNATIVAS É preciso ampliar o uso de energias renováveis, como a da água, a dos ventos e a solar. Nos transportes, po­dem-se usar álcool e biodiesel, que poluem menos do que o petróleo e são renováveis. No setor elétrico, é possível substituir as usinas térmicas pelas nucleares. BIOCOMBUSTÍVEIS É o combustível obtido de matérias-primas vegetais, como o álcool (etanol) da cana-de-açú­car e do milho, e o biodiesel, extraído de plantas oleaginosas como a soja, o dendê, o babaçu e o algodão. MONOCULTURA O etanol brasileiro ba­seia-se na cana-de-açúcar, produzida em regime de monocultura, ou seja, grandes propriedades com uma única lavoura. Esse modelo envolve vários problemas, incluindo a redução da biodiversidade e o uso de pouca mão de obra.

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